Advento do carro de combate a partir da Primeira Guerra Mundial trouxe a solução para o impasse da guerra de trincheiras, criado pelas metralhadoras. Esta nova arma imprimiu maior dinamismo às batalhas permitindo, através de sua proteção blindada que se criassem brechas nos campos de tiro saturados pelo projéteis das armas automáticas.
O carro de combate veio para ficar, atingindo sua maturidade na Segunda Guerra Mundial e possibilitando a criação da guerra de movimento, denominada pelos alemães de blitzkrieg. Ele agrega couraça, poder de fogo e mobilidade de forma equilibrada, fazendo-o um poderoso instrumento tático. Como todo Golias, estes também não são isentos de vulnerabilidades. As armas anticarro logo começaram a aparecer na forma de fuzis anticarro, rojões e mísseis guiados (ATGMs). A infantaria inimiga logo ganhou condições de fazer frente aos carros de combate e um novo impasse tático passou a existir.
Senhores do campo aberto, os carros de combate (MBTs) passaram a deslocar-se a grandes velocidades alocando o fogo de sua arma principal onde fosse necessário, seja contra outros carros e alvos mais resistentes ou em apoio a infantaria amiga, batendo pontos fortes e facilitando a progressão desta. Porém sua blindagem, um dos grandes trunfos destes veículos, sempre apresentaram o ônus do peso e apesar dos avanços nesta área, um carro que hipoteticamente viesse a contar com proteção blindada total contra tudo o que existe apresentaria um peso que o tornaria inviável, a ainda assim nada impediria que novas contramedidas mais potentes fossem criadas.
Mesmo podendo apresentar uma ameaça devastadora a infantaria inimiga, todos os carros de combate do passado e da atualidade apresentam vulnerabilidade às seções anticarro desta mesma infantaria, contra as quais pouco podem fazer uma vez que estão dispersas e camufladas, e não se pode atingir com eficácia aquilo que não se sabe onde está. A solução encontrada para este impasse tático foi a criação da infantaria de apoio, onde utilizando o conceito de armas combinadas, a infantaria passou a acompanhar os carros principais nos campos de batalha, justamente para lhes proporcionar proteção contra a infantaria anticarro, reduzindo sua vulnerabilidade ante estas ameaças dispersas que o carro de combate principal tem dificuldade de engajar.
Porém necessário se fez conciliar a velocidade de avanço da infantaria com a dos carros de combate, claramente discrepantes. A solução para este problema foi embarcar a infantaria nos chamados táxis de batalha, veículos blindados especialmente concebidos para transportá-la e acompanhar os carros principais. Estes veículos deveriam desenvolver a mesma mobilidade de seus irmãos mais pesados e permitir que a infantaria se apresentasse onde se fizesse necessário para combater, primeiramente desembarcando e numa abordagem mais recente a partir do próprio veículo. A estes veículos denominamos na atualidade de APC (armored personal carrier - VBTP - veículo blindado de transporte de pessoal) e numa evolução deste conceito temos os IFVs (infantry fighting vehicle - VCI - veículo de combate de infantaria), que são APCs capazes de prover apoio ao combate, ou APCs potencializados.
O primeiro IFV produzido em massa foi o Spz 12-3 alemão e serviu o Bundeswehr de 1958 até os anos 80, quando deu lugar ao Marder. Tinha um canhão de 20 mm e levava uma esquadra de 5 infantes. Em 1967 a URSS desfilou o BMP-1 que surpreendeu pelo perfil muito baixo e estava armado com um canhão de 73 mm e mísseis Sagger, transportando um grupo de combate de 8 infantes e mais 3 tripulantes. Sua couraça resistia a impactos de 12,7 mm e parcialmente a 20 mm, dependendo do ângulo de contato. Seu armamento, no entanto era potente contra os APC ocidentais, com notória vantagem.
Os EUA seguiram com o M2 Bradley como seu primeiro IFV, depois de muito tempo usando o APC M113, usado até hoje no mundo inteiro. Surgiram no RU o Warrior e na Alemanha o Marder como já citado. Outros países foram se equipando com modelos próprios, como a África do Sul com o Ratel já em 1971, que foi concebido sobre rodas para avanços rápidos.
Os IFVs são veículos mais potentes que os APCs e capazes de oferecer a infantaria, além de transporte, apoio de fogo e C3I, poís portam canhões automáticos de 20 a 40 mm, mísseis anticarro e eletrônica embarcada que oferecem elevado índice de consciência situacional (o BMP russo surgiu com um canhão de 73 mm). Os APCs geralmente limitam-se ao transporte dos infantes sob a proteção de alguma couraça, e seu armamento orgânico está limitado a armas de autodefesa, principalmente contra aeronaves na forma de metralhadoras pesadas, podendo oferecer seteiras para combate embarcado. As blindagens de ambos são muito inferiores aos dos MBTs que acompanham, basta comparar os pesos de cerca de 30 toneladas nos IFVs mais pesados aos 60-70 toneladas dos MBTs. Podem oferecer ameaças a estes se dotados de ATGMs.
O carro de combate veio para ficar, atingindo sua maturidade na Segunda Guerra Mundial e possibilitando a criação da guerra de movimento, denominada pelos alemães de blitzkrieg. Ele agrega couraça, poder de fogo e mobilidade de forma equilibrada, fazendo-o um poderoso instrumento tático. Como todo Golias, estes também não são isentos de vulnerabilidades. As armas anticarro logo começaram a aparecer na forma de fuzis anticarro, rojões e mísseis guiados (ATGMs). A infantaria inimiga logo ganhou condições de fazer frente aos carros de combate e um novo impasse tático passou a existir.
Senhores do campo aberto, os carros de combate (MBTs) passaram a deslocar-se a grandes velocidades alocando o fogo de sua arma principal onde fosse necessário, seja contra outros carros e alvos mais resistentes ou em apoio a infantaria amiga, batendo pontos fortes e facilitando a progressão desta. Porém sua blindagem, um dos grandes trunfos destes veículos, sempre apresentaram o ônus do peso e apesar dos avanços nesta área, um carro que hipoteticamente viesse a contar com proteção blindada total contra tudo o que existe apresentaria um peso que o tornaria inviável, a ainda assim nada impediria que novas contramedidas mais potentes fossem criadas.
Mesmo podendo apresentar uma ameaça devastadora a infantaria inimiga, todos os carros de combate do passado e da atualidade apresentam vulnerabilidade às seções anticarro desta mesma infantaria, contra as quais pouco podem fazer uma vez que estão dispersas e camufladas, e não se pode atingir com eficácia aquilo que não se sabe onde está. A solução encontrada para este impasse tático foi a criação da infantaria de apoio, onde utilizando o conceito de armas combinadas, a infantaria passou a acompanhar os carros principais nos campos de batalha, justamente para lhes proporcionar proteção contra a infantaria anticarro, reduzindo sua vulnerabilidade ante estas ameaças dispersas que o carro de combate principal tem dificuldade de engajar.
Porém necessário se fez conciliar a velocidade de avanço da infantaria com a dos carros de combate, claramente discrepantes. A solução para este problema foi embarcar a infantaria nos chamados táxis de batalha, veículos blindados especialmente concebidos para transportá-la e acompanhar os carros principais. Estes veículos deveriam desenvolver a mesma mobilidade de seus irmãos mais pesados e permitir que a infantaria se apresentasse onde se fizesse necessário para combater, primeiramente desembarcando e numa abordagem mais recente a partir do próprio veículo. A estes veículos denominamos na atualidade de APC (armored personal carrier - VBTP - veículo blindado de transporte de pessoal) e numa evolução deste conceito temos os IFVs (infantry fighting vehicle - VCI - veículo de combate de infantaria), que são APCs capazes de prover apoio ao combate, ou APCs potencializados.
O primeiro IFV produzido em massa foi o Spz 12-3 alemão e serviu o Bundeswehr de 1958 até os anos 80, quando deu lugar ao Marder. Tinha um canhão de 20 mm e levava uma esquadra de 5 infantes. Em 1967 a URSS desfilou o BMP-1 que surpreendeu pelo perfil muito baixo e estava armado com um canhão de 73 mm e mísseis Sagger, transportando um grupo de combate de 8 infantes e mais 3 tripulantes. Sua couraça resistia a impactos de 12,7 mm e parcialmente a 20 mm, dependendo do ângulo de contato. Seu armamento, no entanto era potente contra os APC ocidentais, com notória vantagem.
Os EUA seguiram com o M2 Bradley como seu primeiro IFV, depois de muito tempo usando o APC M113, usado até hoje no mundo inteiro. Surgiram no RU o Warrior e na Alemanha o Marder como já citado. Outros países foram se equipando com modelos próprios, como a África do Sul com o Ratel já em 1971, que foi concebido sobre rodas para avanços rápidos.
Os IFVs são veículos mais potentes que os APCs e capazes de oferecer a infantaria, além de transporte, apoio de fogo e C3I, poís portam canhões automáticos de 20 a 40 mm, mísseis anticarro e eletrônica embarcada que oferecem elevado índice de consciência situacional (o BMP russo surgiu com um canhão de 73 mm). Os APCs geralmente limitam-se ao transporte dos infantes sob a proteção de alguma couraça, e seu armamento orgânico está limitado a armas de autodefesa, principalmente contra aeronaves na forma de metralhadoras pesadas, podendo oferecer seteiras para combate embarcado. As blindagens de ambos são muito inferiores aos dos MBTs que acompanham, basta comparar os pesos de cerca de 30 toneladas nos IFVs mais pesados aos 60-70 toneladas dos MBTs. Podem oferecer ameaças a estes se dotados de ATGMs.
Concebidos para acompanhar os MBTs, ganham importância na atualidade com a intensificação dos conflitos assimétricos e urbanos, cenário ondem dispensam a presença destes. Os IFVs oferecem um bom equilíbrio entre couraça, poder de fogo e mobilidade, principalmente por serem capazes de aeromobilidade em aeronaves não extremamente pesadas, se não houver a exigência de enfrentar MBTs com seu armamento de tubo, claramente insuficiente.
Os IFVs/APCs são montados tanto sobre rodas como sobre lagartas, sendo estes último mais adequados a atuarem com os MBTs como infantaria blindada e os primeiros para comporem tropas mecanizadas, sendo mais leves. As blindagens variam muito e são fator preponderante na determinação do peso do veículo. Os modelos mais leves são capazes de resistir a disparos de infantaria 7,62 mm e alguns 12,7 mm, além de estilhaços de artilharia, podendo também alguns modelos receberem blindagem adicional modular. Os modelos CV-90 sueco e BMP-3 russo são capazes de absorver impactos frontais de 30 mm. A blindagem frontal tende a ser mais resistente, sendo a superior e inferior, além das laterais e traseira mais finas. Modelos mais baixos oferecem menor silhueta e maior facilidade de ocultação, enquanto que projetos mais recentes estão sacrificando a pouca altura em favor de uma maior distância do solo para maior proteção contra IEDs e minas terrestres, principalmente nos modelos sobre rodas. Não é função de um IFV combater MBTs, mas pode fazê-lo de forma limitada se dotados de ATGMs e atuando em apoio aos seus MBTs e em situações extremamente necessárias.
As armaduras modulares dos IFVs mais modernos permitem que ele seja configurado conforme a missão. O finlandês Patria AMV por exemplo, possui módulos de várias espessuras. Este recurso permite uma diminuição do peso, para, por exemplo, valer-se de aeromobilidade. Modelos como o russo BMP-3 contam com sistemas de proteção ativa que o protege de projéteis com velocidades de 700 m/s e os modelo israelenses contarão com contramedidas para munição APFSDS. Estes blindados também podem cruzar muitas pontes que os MBTs não podem, o que lhe garante mobilidade superior e estes.
Outro sistema presente em praticamente todos são dispersadores de fumígenos e alguns modelos contam com Flares para despistar ATGMs IR.
Alguns IFV denominados Heavy Infantry Fighting Vehicle (HIFV) são versões IFV de carros de combate principais (MBTs) e dotados da mesma blindagem, por consequência igualmente pesados. Como exemplo deste carros temos o T-15 Armata russo derivado do T-14 e o Namer baseado no chassi do Merkava IV.
Outra característica presente em muitos IFVs e APCs, principalmente devido ao seu baixo peso é a flutuabilidade que lhe permite capacidade anfíbia em águas interiores. Esta característica é especialmente interessante naqueles veículos que atuam na cavalaria mecanizada, fazendo as pontas de lança de forças maiores e encarregadas de assegurar a outras margem dos rios para que as forças que vem depois possam realizar a travessia dos cursos d'agua através de pontes lançadas pela engenharia de combate de forma segura. A tração sobre rodas dá aos veículos assim equipados a capacidade de deslocamento a grandes distâncias por estradas, enquanto que aqueles sobre lagartas dependem de pranchas ou transporte ferroviário para deslocamentos estratégicos. Já em terrenos muitos difíceis a propulsão a lagarta se faz superior aquela sobre rodas, porém estes sempre são a distâncias mais curtas.