terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ataque Aéreo #033




As missões de ataque à superfície são a componente ofensiva da aviação de combate. Poderosa e invariavelmente temida por aqueles que estão no solo, rios e mares, a aviação de ataque é uma das maiores ameaças presentes nos modernos TO, desde os tempos da Segunda Grande Guerra. O meio aéreo proporciona aos que lá operam uma excelente condição de observação, busca de alvos e inteligência, além de um magnífico campo de tiro para as letais e cada vez mais precisas munições aéreas.

As missões de ataque aéreo são classificadas em três modalidades distintas, de acordo com a sua finalidade e os alvos que buscam. Estas modalidades são o Bombardeio Estratégico, a Interdição de Campo de Batalha e o Apoio Aéreo Aproximado (CAS -Close Air Suport), esta conhecida no Brasil como missões de Cobertura. Dependendo da situação, estas missões eminentemente ofensivas, poderão contar com a escolta de caças interceptadores a fim de garantir sua segurança.




Bombardeio Estratégico

O Bombardeio Estratégico visa atacar a capacidade do inimigo de sustentar a guerra, assediando suas áreas industriais e infraestrutura logística de alto escalão, usinas de energia e grandes depósitos de combustível e munição. Frequentemente considerada uma campanha independente, as missões de Bombardeio Estratégico  não interagem com as forças de superfície e valem do melhor que a aviação militar tem a disposição, pois demandam missões de longa duração a distâncias consideráveis, exigindo aeronaves com grande autonomia e capacidade de carga, podendo se utilizar de mísseis balísticos e de cruzeiro, com ogivas nucleares ou não.

É a primeira fase de uma campanha aérea e se inicia bem antes das forças terrestres entrarem em ação, operando initerruptamente até o fim da campanha, porém sua atuação isolada não garante o resultado final, visto que as forças aéreas não são capazes de ocupar o terreno, e seu resultado pode demorar para ser sentido na frente de batalha se o enfrentamento for contra um oponente bem preparado. Exemplos de Bombardeio Estratégico temos nas incursões aliadas contra a Alemanha Nazista onde bombardeiros Lancaster e B-17 a assediavam constantemente. No Vietnam temos as devastadoras missões Rolling Thunder e seus B-52, também heranças da Segunda Guerra.

veja: O Raid aéreo israelense na Guerra dos Seis Dias
veja: Operaçao Black Buck



Interdição Aérea

As missões de Interdição Aéreo ou Interdição de Campo de Batalha (Air Interdiction - AI) visam destruir, atrasar ou inviabilizar as forças inimigas que estão a frente da linha de contato, procurando assedia-las antes que entrem em contato com as forças amigas. São conduzidas contras alvos de alto valor nas áreas de retaguarda do inimigo, aprofundando o combate e impedindo que inimigo intensifique a pressão nas linhas de contato, através da destruição de seus depósitos de munição e combustível, pontes, estradas e linhas ferroviárias, comboios logísticos e centros de comando e controle, além das vitais redes de comunicação e outros alvos de alto valor.

Estas missões, por se darem além da linha de contato não necessitam de coordenação com as forças em terra, e como o Bombardeio Estratégico podem ser conduzidas livremente pela força aérea. Seus resultados não são imediatos e seu planejamento ocorre com certa antecedência, geralmente seguindo um plano geral de fogos de alto escalão.




As missões de Apoio Aéreo Aproximado (Close Air Support - CAS), são executadas em proveito das forças de superfície, e executados em total coordenação com estas, sendo seus efeitos imediatos. Estas missões visam complementar as ações de apoio de fogo às forças terrestres executadas por meios orgânicos como artilharia de campanha e morteiros. A proximidade destes bombardeios com as forças amigas requer cuidados especiais como o uso da controladores aéreos avançados (FAC), em terra ou aeroembarcados, a fim de prover fogo preciso e minimizar a ocorrência de fratricídio.

Estas missões devem apoiar a manobra terrestre ou naval, atuando como artilharia de ação rápida, permitindo as tropas manobrarem livremente, frequentemente sob o comando destas. Podem ser usadas para abrir brechas, manter o inimigo de "cabeça abaixada", aliviar as pressão sobre as forças amigas, retardar o avanço do inimigo em contato próximo, impedir sua manobra e outros. São executadas tanto por aeronaves de primeira linha (caças de alto desempenho) como por outras especificamente desenvolvidas para esse fim, como Caças Super-Tucano e A-10, helicópteros de ataque e aeronaves de pilotagem remota. Seus alvos primordiais são as tropas inimigas como infantaria e carros de combate, e uma prática frequente é manter as aeronaves voando próximas as linhas de contato, sendo acionadas por solicitação das tropas de superfície.




A algum tempo estas aeronaves prescidiam de cobertura aérea para operam, sendo frequentemente alvos do fogo terrestre e aéreo. Nos dias atuais, sua vulnerabilidade diminuiu, pois podem lançar armas guiadas a distâncias seguras, de dia ou à noite, sob quaisquer condições meteorológicas e mesmo contra alvos móveis como carros blindados e lanchas de alto desempenho. Sistemas de C2 modernos também facilitaram esta tarefa. A letalidade destes sistemas aéreos cresce de forma mais rápida que a capacidade das forças terrestres em se defender. Terrenos urbanos e alvos furtivos ainda apresentam problemas para este tipo de missão.

As aeronaves, em missão de apoio aéreo aproximado devem ser capazes de abater posições de defesa antiaéreas pois representam uma ameaça real, fustigar as forças de combate, debilitar as estruturas de apoio logístico que acompanham as tropas, fazer fogo anticarro e contra-artilharia, sendo que estes alvos podem ser móveis e demandarem munição especializada, fazer reconhecimento armado portando armas para todos os tipos de alvos possíveis de ser encontrados, interceptar helicópteros e UAVs, além de fazer patrulhas de combate aéreo (CAP) acima das tropas caso possuam capacidade para tal (multifuncionais) e efetuar reconhecimento tático.




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