As aeronaves de combate, por mais modernas e sofisticadas que sejam, são apenas vetores de sistemas de armas, sendo estas os verdadeiros atuadores dos campos de batalha modernos. Cabe as aeronaves militares servirem de "burros de carga" a sua carga mortal, colocando-as dentro de seus envelopes de atuação e em muitos casos apoiando seu endereçamento até os alvos. As modernas armas aéreas de nada valem sem o apoio de suas aeronaves lançadoras, assim com estas aeronaves são apenas máquinas sofisticadas e tributos à engenharia, se não dispuserem de sistemas de armas viáveis e capazes de atuar no exigente campo de batalha moderno.
os tempos modernos colocaram a disposição da aviação de combate um variado arsenal, que equipam cada unidade de acordo com a a missão que pretendem cumprir. Armas tradicionais continuam a ser usadas como bombas de queda livre e metralhadoras, porém ao lado de moderníssimos mísseis e bombas dirigidas cada qual especificamente projetados para atingir um alvo em particular, ou que tenham características semelhantes.
Canhões e Metralhadoras
Canhões e metralhadoras são armas de tiro tenso utilizados pela aviação desde os seus primórdios. Permanecem em atividade desde a primeira grande guerra, e tentativas de eliminá-los tiveram que ser revistas, como no caso do caça F-4 Phantom II que teve que incorporar um canhão depois de estar em serviço. São utilizados para emprego geral contra alvos de pequenas dimensões com pouca ou nenhuma blindagem, tais como tropas desabrigadas, viaturas, depósitos de combustível e munição, e também contra outras aeronaves.
As metralhadoras atualmente estão restritas ao uso por helicópteros que as montam lateralmente para apoio a tropas em terra e aeronaves de baixa performance que destinam-se ao combate anti-guerrilha. Geralmente são derivadas de modelos utilizados pela infantaria. São montadas nas asas ou no nariz e possuem alcance limitado obrigando a aproximação do alvo. Os Canhões aéreos as substituiram com vantagens nas aeronaves de maior performance, disponibilizando maior poder de fogo e armas especificamente projetadas. Geralmente calçam calibres de 20 a 30 mm e elevada cadência de tiro. Merece destaque o canhão Avenger de 30 mm usado no A-10 Thunderbolt especializado no fogo anticarro, sensivelmente mais volumoso e potente que os demais canhões de 30 mm.
Mísseis e Foguetes
Mísseis e foguetes vieram substituir os canhões e metralhadoras na maioria se usos, deixando para estes o chamado emprego geral ou que não justifique o emprego de armas mais caras e sofisticadas. São utilizados contra alvos que exijam um maior esforço para que sejam atingidos, como aeronaves que são extremamente fugazes, alvos especiais como aqueles fortemente blindados, bombardeios a grandes distâncias e fogo que exija muita precisão. os mísseis diferem dos foguetes pelo fato de poderem modificar suas trajetórias durante o voo, corrigindo sua pontaria.
Os mísseis propiciaram as aeronaves de bombardeio a capacidade de fazê-lo a grandes distâncias e elevadas altitudes, resguardando a segurança da aeronave lançadora, além de aumentarem em muito a probabilidade de acerto em relação a sistemas convencionais. Utilizando-se de variados sistemas de guiagem como o laser, o infravermelho, o radar, os sinais de TV e os comandos por fio por exemplo. São construídos de acordo com a finalidade que se busca alcançar como os modelos anticarro, anti-radar, anti-aeronave, anti-navio, anti-submarino, anti-fortificação, de cruzeiro para bombardeio a grandes distâncias e outros.
Os foguetes são sistemas mais baratos que os mísseis e amplamente utilizados para ataque ao solo. Utilizam-se de variados calibres como os de 70 mm, por exemplo. São disparados em salvas e tem efeitos similares a bombardeios de artilharia.
Bombas Aéreas
São sistemas mais potentes que os foguetes por demandarem maior peso e carga explosiva, porém mais baratos que os mísseis, não possuin propulsão prórpia e capacidade de cruzeiro. São as armas aéreas mais comuns e vem sendo empregadas desde a Primeira Guerra Mundial. São empregadas por aeronaves da asas fixa e contra diversos tipos de alvos, principalementer de grandes dimensões ou que exijam grande poder de penetração, como instalações e bunkers, e sua precisão varia de acordo com o método de lançamento, o sistema de pontaria e o tipo de bomba utilizado. Podem ser de queda livre, de feixe, freadas, incendiárias e inteligentes, entre outras.
As bombas de queda livre foram as primeiras e são as mais simples de se produzir e operar. De variados tamanhos e poder de destruição, são empregadas contra alvos de grandes dimensões, tais como: veículos blindados, edificações, fortificações, viadutos, pontes concretadas, estradas de ferro etc, sendo liberadas em ataques a média e baixa alturas.
As bombas de feixe ou cacho são artefatos que possuem em seu interior uma determinada quantidade de submunições, sendo arremessadas sob forma de feixe, com o intuito de saturar uma determinada área, geralmente de grandes dimensões. De acordo com o tipo, podem lançar munição de efeito instantâneo, retardado e minas terrestres. Têm, como alvos preferenciais, tropas em reunião (mesmo protegidas por vegetação ou tocas) , instalações não fortificadas (depósitos, PC etc), viaturas levemente blindadas etc.
As bombas freadas nada mais são que bombas de queda livre, equipadas com um dispositivo de freagem do tipo placas de arrasto, aletas ou paraquedas que se abrem no momento do lançamento. Tal recurso permite que aeronaves executem bombardeios a baixa altura, em altitudes de no mínimo 50 m, com ótima precisão e fora do envelope de fragmentação da bomba. De acordo com o tipo, podem ser empregadas contra os mais diversos tipos de alvos como: instalações fortificadas, veículos blindados, estradas de ferro, pontes, viadutos, sendo ideais contra pistas concretadas de aeródromo.
As bombas incendiárias são compridas e cilíndricas, sendo constituídas de tanques de alumínio de revestimento fino, cheio de gelatina incendiária. Embora o termo “Napalm” seja comumente utilizado para identificar este tipo de bomba, o Napalm é, na verdade, um tipo de mistura de enchimento, que foi muito utilizada na Guerra do VIETNÃ pelo exército norte-americano. São eficazes contra qualquer tipo de alvo que possa ser avariado por calor intenso, exceto os de estrutura pesada, como: depósitos de combustível, tropas em reunião, viaturas, posições de artilharia etc. São muito utilizadas em missões de supressão de defesa antiaérea, para a neutralização de UT, aproveitando-se da surpresa proporcionada pela técnica de ataque empregada de bombardeio rasante.
As bombas inteligentes também chamadas de bombas guiadas, são usualmente bombas de queda livre, equipadas com um dispositivo de guiamento. Este, composto por um sensor que segue a reflexão de um feixe de raio laser, que ilumina um determinado alvo, modificando assim a trajetória da bomba, através de aletas de estabilização, que garantem o planeio da bomba até o alvo. O iluminador pode estar colocado na aeronave lançadora, numa acompanhante ou em terra. Tais características permitem que as bombas inteligentes possam ser empregadas contra alvos ponto com extrema precisão e serem lançadas cada vez mais longe e de qualquer posição que a aeronave se encontre, não necessariamente em ângulo de mergulho, possibilitando ainda, ataques a média altura com a mesma precisão. Existem ainda, as bombas guiadas por dispositivos optrônicos, como a TV.
Restrita a um menor número de forças aéreas existem ainda os mísseis e bombas nucleares, que podem ser táticas (pequena potência) ou estratégicas (alta potência), artefato com altíssimo poder de destruição e que podem ser lançadas por aeronaves em queda livre ou como componente da cabeça de guerra de mísseis balísticos e de cruzeiro.
Torpedos
Torpedos são armas subaquáticas que podem ser lançadas de helicópteros e aeronaves de patrulha marítima. Geralmente os modelos aero-lançados são menores que aqueles utilizados por submarinos. São empregados no combate anti-submarino, já que o fogo antinavio tende a ser mais eficaz com a utilização de mísseis, mais rápidos e de maior alcance.