As operações de
junção são realizadas quando duas forças terrestres amigas estão em marcha
visando o contato entre elas. Podem ser realizadas entre uma força que está em
movimento e outra estacionária ou entre duas forças em movimento convergente.
Estes contatos podem ocorrer como parte de uma
operação aeroterrestre ou aeromóvel, contato de duas forças através de desembarque anfíbio, na substituição de uma força que esta
isolada, pelo reforço de uma força de infiltração numa manobra ofensiva, numa
manobra de ruptura ao cerco de uma força amiga, no auxílio a uma força
dividida, no encontro com forças guerrilheiras amigas ou ainda na convergência
de forças independentes.
A força de junção, denominação dada a
força móvel quando em junção a uma força estacionária, realiza uma manobra
ofensiva procurando o contato físico junto a esta e com objetivo de ocupar o
espaço adjacente. A força estacionária empreende uma manobra defensiva a fim de
preservar o espaço que a força de junção ocupará. Coordenação e controle são
fundamentais e restrições são impostas a duas forças a fim de que a ação de uma
não atinja involuntariamente a outra. Quando a junção é realizada por duas
forças em movimento a coordenação e o controle são vitais e ambas continuam no
cumprimento de suas missões.
O planejamento se faz necessário com
alto grau de apuração com troca contínua de informações entre as forças, planos
elaborados, planejamentos prévios procurando a redução dos riscos inerentes a
situação. O planejamento deverá, entre outras, antecipar as relações de
responsabilidade de comando e estado maior, coordenação das respectivas
manobras e apoio de fogo, integração dos planos de comunicações e sistemas de
reconhecimento.
Toda ação militar de porte
invariavelmente inclui operações desta natureza, seja na união de duas frentes,
no reforço a uma tropa em dificuldades ou em outra situação qualquer como numa
operação aeroterrestre, e deve ser praticada como qualquer outra que
inevitavelmente ocorrerá.
Um exemplo clássico deste tipo de
operação foi a operação Market-Garden quando uma força blindada britânica foi
lançada a cavaleiro de uma rota cujas pontes foram ocupadas previamente por
duas divisões paraquedistas americanas e uma britânica, sendo que as duas
primeiras (americanas) foram transpostas conforme o planejado e a terceira
sobre o Reno na cidade de Arnhem, por um erro de cálculo grotesco dos
planejadores, foi bloqueada pelas forças alemãs, culminando com o fracasso da
operação. Esta operação está majestosamente descrita no livro “Uma ponte longe
demais” de Cornelyus Rian. Vale a pena ler.