domingo, 15 de março de 2015

Operações de Junção #097



As operações de junção são realizadas quando duas forças terrestres amigas estão em marcha visando o contato entre elas. Podem ser realizadas entre uma força que está em movimento e outra estacionária ou entre duas forças em movimento convergente.

Estes contatos podem ocorrer como parte de uma operação aeroterrestre ou aeromóvel, contato de duas forças através de desembarque anfíbio, na substituição de uma força que esta isolada, pelo reforço de uma força de infiltração numa manobra ofensiva, numa manobra de ruptura ao cerco de uma força amiga, no auxílio a uma força dividida, no encontro com forças guerrilheiras amigas ou ainda na convergência de forças independentes.

A força de junção, denominação dada a força móvel quando em junção a uma força estacionária, realiza uma manobra ofensiva procurando o contato físico junto a esta e com objetivo de ocupar o espaço adjacente. A força estacionária empreende uma manobra defensiva a fim de preservar o espaço que a força de junção ocupará. Coordenação e controle são fundamentais e restrições são impostas a duas forças a fim de que a ação de uma não atinja involuntariamente a outra. Quando a junção é realizada por duas forças em movimento a coordenação e o controle são vitais e ambas continuam no cumprimento de suas missões.



O planejamento se faz necessário com alto grau de apuração com troca contínua de informações entre as forças, planos elaborados, planejamentos prévios procurando a redução dos riscos inerentes a situação. O planejamento deverá, entre outras, antecipar as relações de responsabilidade de comando e estado maior, coordenação das respectivas manobras e apoio de fogo, integração dos planos de comunicações e sistemas de reconhecimento.

Toda ação militar de porte invariavelmente inclui operações desta natureza, seja na união de duas frentes, no reforço a uma tropa em dificuldades ou em outra situação qualquer como numa operação aeroterrestre, e deve ser praticada como qualquer outra que inevitavelmente ocorrerá.


Um exemplo clássico deste tipo de operação foi a operação Market-Garden quando uma força blindada britânica foi lançada a cavaleiro de uma rota cujas pontes foram ocupadas previamente por duas divisões paraquedistas americanas e uma britânica, sendo que as duas primeiras (americanas) foram transpostas conforme o planejado e a terceira sobre o Reno na cidade de Arnhem, por um erro de cálculo grotesco dos planejadores, foi bloqueada pelas forças alemãs, culminando com o fracasso da operação. Esta operação está majestosamente descrita no livro “Uma ponte longe demais” de Cornelyus Rian. Vale a pena ler.



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