quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Operações em Áreas Fortificadas 087



Áreas fortificadas são áreas que se caracterizam por um grande número de trabalhos de engenharia de combate efetuados no terreno em largura e profundidade, de forma organizada e com seus dispositivos proporcionando proteção mútua uns aos outros, com finalidade defensiva.

Assim podemos ter por exemplo, campos minados para proteção anticarro com minas antipessoal para evitar que sapadores desarmem as minas anticarro. Este campo por sua vez pode ter ao fundo posições de metralhadoras dentro de espaldões protegidos por sacos de areia alvejando qualquer indivíduo que ouse tentar seu desarme. Adjacente a este campo podem ser montados fossos anticarro, ou ainda ser desdobrado imediatamente na margem oposta de um curso d’ água de grande porte. A retaguarda podem ser posicionadas baterias de artilharia de alcance superior para fogo de contrabateria, afim de impedir que a artilharia inimiga provoque a abertura de uma brecha neste campo “a bala”.

Raramente se desdobra uma posição constituída por um único elemento.



Estas áreas proporcionam aos defensores proteção eficaz com grande economia de forças, pois qualquer tentativa de rompimento se constitui num grande esforço de engenharia de combate feito sob fogo cerrado com duvidosas chances de sucesso, dependendo é claro dos meios do invasor e da sofisticação da posição defensiva. 

Fortificações de campanha podem ter caráter permanente contando com casamatas de concreto e instalações sofisticadas ou disporem apenas de meios de campanha para rápido abandono em caso de rompimento. Devem contar com postos de vigilância, malha viária para rápida alocação de tropas, comunicações eficazes e reservas altamente moveis localizadas em posições centrais com acesso rápido aos pontos onde se fizer necessária. 

Todos os elementos de uma posição fortificada devem contar com meios de cobertura mútua, seja no combate ao seu rompimento, seja no seu deslocamento interno. É de suma importância que estas áreas sejam desdobradas de tal forma que seu cerco seja pouco provável, pois o rompimento de suas linhas de comunicações pode resultar no isolamento de suas forças com conseqüente comprometimento do poder de combate por falta de munição e víveres, pessoal e equipamento caso não seja possível seu ressuprimento.



As forças em geral tendem a evitar combater nestas áreas, sendo elas especialmente adequadas a proteção de áreas de retaguarda e desdobramento logístico. Quando o combate é inevitável, as forças tendem a fixar estas posições com forças menores, dirigindo o esforço principal para áreas mais distantes e decisivas. A forma mais adequada de engajar estas áreas é através de um cerco e incisões pelos flancos e retaguarda.

O ataque a uma área fortificada geralmente obriga o inimigo a emassar-se e constituir-se em alvo de grandes proporções, adequado, por exemplo a ataques aéreos pela aviação dos defensores. Este ataque demanda esforços de grande proporções provocando o enfraquecimento dos atacantes e tornando-os vulneráveis a contra-ataques. Por outro lado o inimigo pode bater estas áreas com sua artilharia ou aviação de ataque e bombardeio, ou ainda desbordá-las e preocupar-se com elas no futuro.

Estas posições permitem economia de forças nas áreas avançadas, disponibilizando  reservas proporcionalmente maiores para contra-ataques por forças altamente móveis e agressivas.

Vale lembrar que as grande fortificações estáticas de segunda grande guerra, como a linha Maginot ou a muralha do atlantico tornaram-se obsoletas com o advento da táticas e armas de guerra de movimento.


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