do blog Poder Naval postado em dezembro de 2008 por Alexandre Galante.
A Marinha dos EUA está considerando uma nova tecnologia que permitirá às bases de terra se comunicarem com submarinos, com um mínimo de interferência nas operações e reduzido risco de detecção por inimigos. Os militares esperam que a nova tecnologia de comunicação tática, conhecida como Deep Siren, permita aos comandantes de frota em qualquer lugar do mundo, comunicar-se instantaneamente com seus submarinos, que estejam em qualquer profundidade ou velocidade.
Atualmente, os submarinos só podem ser contactados se iniciarem a comunicação em intervalos de tempo pré-programados, quando navegam à profundidade periscópica, o que é perigoso se os mesmos estiverem em águas hostis. O intervalo de tempo em que os submarinos ficam incomunicáveis, limita a capacidade de ação dos submarinos em situações nas quais o comando deseja uma mudança de planos imediata.
Mensagens para submarinos são normalmente emitidas por centros de comunicação navais em terra, num intervalo fixo de tempo – oito horas ou mais. Para um submarino receber estas mensagens de rádio-frequência ou satélite, é necessário que este interrompa a missão dentro desse período de tempo e navegue na “profundidade de periscópio” – cerca de 60 pés (18 metros) abaixo da superfície. Durante este tempo, o submarino fica mais vulnerável à detecção e mais limitado na sua capacidade para desempenhar sua missão.
Uma vez na profundidade de periscópio, os submarino reboca uma bóia com uma antena de comunicação, o que restringe a agilidade do navio.
O Deep Siren, por sua vez, foi projetado para utilizar bóias acústicas descartáveis, que, através de comunicações por satélite, podem enviar e receber mensagens de e para submarinos submersos em qualquer profundidade, a distâncias de até 175 milhas (240 km), dependendo das condições acústicas de propagação.
As bóias do Deep Siren recebem os sinais de rádio frequência e os convertem em sinais acústicos, que penetram na água e são recebidos pelo sistema sonar do submarino. Estes sinais acústicos são então convertidos a bordo do submarino em mensagens de texto, com o receptor do Deep Siren. O sistema também inclui uma estação portátil transmissora que pode estar em terra ou a bordo de um navio ou avião, permitindo que uma bóia seja chamada de qualquer lugar do mundo.
As bóias são lançadas pela unidade de eliminação de lixo do submarino, têm cinco polegadas (12,7 cm) de diâmetro e cerca de 3,5 pés (um metro) de comprimento, com antenas que recebem sinais de uma constelação de satélites de comunicação Iridium. As bóias são concebidas para permanecer à tona durante um período máximo de três dias. Desta forma, o submarino pode definir suas próprias redes acústicas de comunicação, sem a necessidade de rebocar uma antena.
O Deep Siren está sendo desenvolvido pela Raytheon americana, em conjunto com a RRK Technologies, Ltd., de Glasgow, Escócia, e a Ultra Electronics
legal!
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