FRASE

"Quem escolhe a desonra a fim de evitar o confronto, a conseguirá de pronto, e terá o confronto na sequência."

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Armas de Fogo - Funcionamento #014



Todas as armas de fogo tem na essência de seu funcionamento as mesmas ações gerais no que diz respeito ao disparo, diferindo de acordo com o seu tipo em seus sistemas de carregamento e extração, e em sua cadência de tiro. 

Existem armas para variados empregos e situações, porém o seu funcionamento obedece a passos comuns, sendo sua operação ditada pelo complexidade de seu projeto.

Tipos de armas de fogo (armas leves)

Podemos classificar as armas modernas em 7 tipos principais, sendo que cada tipo possui níveis de complexidade diferenciados. Além dos apresentados aqui, existem armas mais antigas, já em desuso, que não serão abordadas nesta página. Sejam eles:

  • O revólver
  • A pistola semi-automática
  • A sub-metralhadora
  • O fuzil de repetição
  • O fuzil semi-automático
  • A metralhadora
  • A espingarda (escopeta)

Existem outros tipos mais simples como as espingardas de caça e as armas de calibres pesados que também funcionam de forma similar às aqui apresentadas. 

Podemos agregá-las em 4 grupos principais:

  • As armas de carregamento a tambor, como os revólveres;
  • As armas de carregamento por ação do atirador como os fuzis de repetição e escopetas simples;
  • As armas de carregamento automático e recuo direto do sistema de carregamento e extração, como as pistolas, escopetas semi-automáticas, metralhadoras e sub-metralhadoras.
  • As armas de carregamento automático e recuo indireto do sistema de carregamento e extração, como os fuzis semi-automáticos.



Como funcionam as armas de fogo

Descreveremos neste artigo a essência do seu funcionamento “externo”, sendo o disparo propriamente dito tema de artigo próprio. siga o link: Armas de Fogo - O Disparo 

1. Carregamento

A ação do carregamento consiste em se apanhar um cartucho de seu dispositivo de armazenamento e introduzi-lo na câmara.
  • No revólver: estando o tambor municiado, o cão é forçado a retaguarda, quer por ação do gatilho, quer por ação do polegar do atirador diretamente sobre ele. O movimento do cão a retaguarda comprime uma mola que o impulsionará durante o disparo. Este movimento libera a trava do tambor e o força a girar de forma a alinhar uma de suas câmaras com o cano da arma, travando o tambor depois do alinhamento.
  • No fuzis de repetição: por ação de uma alavanca acionada pelo atirador, o ferrolho é forçado para trás. Obrigado pela mola do carregador um cartucho é elevado até um posição em que o ferrolho possa apanha-lo. Em seu movimento de retorno, o ferrolho empurra este cartucho para a frente de encontro a uma calha que o direciona até a câmara. Este retorno também ocorre por ação do atirador.
  • Nas armas de carregamento automático: no primeiro tiro ocorre como nos fuzis de repetição. Nos tiros sub-sequentes os gases do tiro anterior forçam a massa do ferrolho para trás ao invés do atirador, o qual carrega a arma em seu retorno como já descrito. Nos fuzis o aproveitamento dos gases se dá de forma indireta, através de um êmbolo montado ao longo do cano que força a massa do ferrolho a retaguarda.

2. Trancamento

A ação do trancamento consiste em impedir a abertura da câmara durante do disparo da arma, de modo a impedir que os gases resultantes escapem, comprometendo a segurança do atirador e a potência necessária a impulsão do projétil. Existe uma infinidade de mecanismos para tal. Quanto mais potente for a arma mais eficaz deverá ser este mecanismo. Em armas de baixa potência, a massa do ferrolho combinada com a mola recuperadora poderá ser suficiente.

  • Nas armas de carregamento automático: tanto a massa recuperadora como o projétil iniciam seus movimento ao mesmo tempo, a uma velocidade inversamente proporcional a suas massas, de forma que o destrancamento ocorra quando o projétil já saiu do cano.
  • Nos revólveres: o trancamento ocorre no momento do carregamento e é estático até novo carregamento. 

3. Disparo

A pressão sobre o gatilho, libera o cão que golpeia violentamente o percussor, mantido afastado da espoleta por uma mola, comprimindo-a no momento do disparo. O cão ou martelo, foi armado quando do retrocesso da massa do ferrolho, ficando sob ação de mola própria que o força contra o percussor e sob a ação de um retém que o impede de ir a frente até que o gatilho o libere.

  • Nos revólveres: esta ação é manual feita pelo atirador, e geralmente tem o percussor incorporado ao seu corpo.

4. Destrancamento

Consiste na abertura da culatra para possibilitar a extração do cartucho.

  • Nas armas manuais: se dá por ação do atirador.
  • Nas automáticas: o trancamento é na realidade um retardamento da abertura e se dá por ação dos gases levando a massa do ferrolho à retaguarda e armando o cão.
  • Nos revólveres: só se dá no remuniciamento ou abertura do tambor. 

5. Extração

Existe uma “unha” denominada extrator, montada no ferrolho que engata na ranhura na base do cartucho quando do carregamento. No momento da extração, com o movimento a retaguarda do ferrolho, este puxa o estojo para fora da câmara, liberando-a para novo carregamento.

  • Nos revólveres: a extração se dá quando do remuniciamento por ação de mecanismo montado no próprio tambor.

6. Ejeção

Extraído da câmara, o cartucho encontra em seu curso o ejetor, uma saliência em local apropriado que o faz, quando de seu movimento a retaguarda, girar em direção a janela da ejeção e ser arremessado para fora da arma.


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