FRASE

"Quem escolhe a desonra a fim de evitar o confronto, a conseguirá de pronto, e terá o confronto na sequência."

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Organização das Unidades Operacionais #025



Uma força em combate é constituída por componentes da ativa e da reserva, com tipos diferentes de unidades e com graus variados de modernização, podendo existir forças multinacionais e agências civis que devem operar em sinergia. Existe ainda as forças armadas institucionais que apóiam as forças de campo e disponibilizam todo o suporte necessário a estas.

Força-Tarefa é o nome dado a um agrupamento temporário de forças projetado para realizar uma missão particular. Dentro do pacote de forças descrito no parágrafo anterior, unidades são designadas para missões específicas, combinado-se de acordo com suas capacidades. A estas composições designamos relações de apoio de força-tarefa.

Armas combinadas são o conjunto de vários tipos de armas como infantaria, blindados, artilharia de campo, engenheiros, defesa aérea e aviação, empregados com sincronia e simultaneidade, para alcançar um efeito maior que se cada arma fosse separadamente ou em seqüência usada contra o inimigo. Este preceito de combinação de unidades especialistas é base fundamental para a organização das operações.  As diversas armas e serviços não devem, em hipótese alguma atuar de forma concorrente, e sim em perfeita consonância de forma a multiplicar esforços e não duplicá-los.

Relações de comando e apoio inter-relacionam a organização de armas combinadas. Relações de comando definem responsabilidade de comando e autoridade, enquanto relações de apoio definem propósito, extensão e efeitos desejados quando uma unidade apóia a outra.

Armas complementares são o conceito em que as várias armas e serviços em campanha complementam-se uns aos outros, criando ameaças variadas ao inimigo. Quando o inimigo se evade dos efeitos de um tipo de ação, ele se expõe a destruição por outro. Isto conduz a sua paralisia, destruição, ou rendição. Um exemplo tático dos efeitos complementares está em reprimir o defensor com artilharia enquanto a manobra das armas-base o envolve e posteriormente o destrói. Se o inimigo se mover para conhecer a ameaça, arrisca sua destruição por fogos estrategicamente colocados, e se permanecer no lugar para sobreviver a estas fogos, arrisca-se a ser cercado e apanhado.

Capacidades complementares protegem as fraquezas de um sistema ou organização com as capacidades de outro. Por exemplo, tanques combinam proteção, potência de fogo, e mobilidade, porém são vulneráveis a minas, projéteis anti-tanque, infantaria escondida, e tem que trafegar por avenidas restritas de aproximação. São particularmente vulneráveis em áreas urbanas e de vegetação densa. Combinado a atuação de tanques, infantaria, e engenheiros minimiza-se estas vulnerabilidades. A infantaria manobra em terreno onde a couraça não pode eliminar ameaças escondidas aos tanques, engenheiros limpam obstáculos e restabelecem a mobilidade da couraça. Protegidos através do fogo de armas leves, a couraça manobra para concentrar potência de fogo devastadora de forma a apoiar a infantaria e os engenheiros. Unidades de serviço em campanha apóiam a atuação deste elementos, provendo as capacidade combativa a estes, enquanto são por eles protegidas.

Sensores aerotransportados e espaciais, além dos baseados na superfície monitoram as reações inimigas, enquanto pilotos e aviadores usam esta informação para refinar e afiar procedimentos. A manobra da força terrestre conquista o terreno e destrói o inimigo, que na tentativa de se interar da manobra terrestre, deixa suas áreas de proteção e se expõe ao poder aéreo e projeteis de longo alcance, ficando então mais vulnerável aos efeitos da manobra. Se o inimigo tenta atingir bases aéreas e de retaguarda com mísseis táticos, defesas anti-míssil apoiadas por sistemas de vigilâncias espaciais, aerotransportados ou baseados na superfície interceptam estas armas. Através da manobra de forças, pode-se alcançar as defesas anti-aéreas do inimigo, bases aéreas, áreas de lançamento, postos de comando e unidades de serviço, eliminando ameaças táticas e operacionais e fazendo a situação do inimigo se deteriorar.

Alcançar tais efeitos de reforço e recursos complementares requer sincronização, iniciativa, e versatilidade. A ação sincronizada é a base para complementar e reforçar efeitos. A iniciativa pode combinar  unidades e sistemas em circunstâncias fluidas de ação, freqüentemente na ausência de ordens. A versatilidade permite que sejam desenvolvidas combinações novas de sistemas, criando desafios inéditos ao adversário. Corretamente combinados, estes efeitos produzem assimetrias usadas para alcançar objetivos de teatro.

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