Vinícius Valgas De Nadai
1. INTRODUÇÃO
A Segunda Grande Guerra ou Segunda Guerra Mundial iniciou-se no ano de 1939,
quando a Alemanha Nazista comandada por Adolf Hitler, pretendia junto aos países que
formavam o Eixo, Itália, Japão e Alemanha, continuar a expandir seu território,
recuperando parte das terras perdidas durante a Primeira Grande Guerra. Neste período, a
logística mostrou-se indispensável durante os eventos militares, estes que evidenciaram
sua complexidade em todo o período de guerra (CAMPOS, 1965). Inúmeros obstáculos foram detectados no processo de fornecimento de suprimentos
para a frota militar em plena guerra, fazendo com que houvesse busca pela agilidade e
aperfeiçoamento estratégico, buscando adotar métodos pré-determinados para evitar
contratempos durante os acontecimentos.
Usando a estratégia de “Guerra Relâmpago”, de codinome Blitzkrieg,
primordialmente, a Alemanha Nazista havia conquistado consecutivas vitórias. Mesmo com
muita relutância dos combatentes Aliados, sendo eles Estados Unidos, Reino Unido e
União Soviética, a Alemanha tomou posse de grandes áreas territoriais, pretendendo
conquistar e aumentar ainda mais sua predominância, chegando a um ponto que
ultrapassaram as conquistas esperadas.
A invasão da Normandia, considerada uma das batalhas de maior magnitude
logística dos últimos tempos, ocorrida em 6 de junho de 1944, no noroeste da França, é,
até hoje, considerada a maior invasão marítima da história, que envolveu um contingente
de três milhões de soldados.
Nesta batalha, a Alemanha foi desfavorecida por não possuir informações
suficientes sobre as ações dos inimigos, não tendo conhecimento da data em que a
invasão aconteceria e apresentando divergências quanto ao local do desembarque. Erwin
Johannes Eugen Rommel, experiente militar alemão e comandante de exército na França,
acreditava, ao contrário da maioria, que a invasão aconteceria na região da Normandia e
assumiu a localização que lhe foi delegada, preparando um arsenal de defesa que se
denominou “Muralha do Atlântico”, dificultando à logística dos Aliados durante a invasão.
(KEEGAN, 1994)
A “Muralha do Atlântico” era uma estrutura de defesa do Eixo que abrangeria a faixa
litorânea da Dinamarca à Espanha, protegendo toda a costa tomada pelos alemães. Essa
muralha constituía-se num conjunto de casamatas e áreas minadas posicionadas para
dificultar ou impedir a suposta invasão ao continente europeu pelos Aliados.
2. HISTÓRIA
2.1. Decisões pelo Dia D
Conhecido como o Dia D, aquele 6 de junho de 1944 entrou para a História. Foi o dia
em que os Aliados invadiram a França pelas praias de Normandia para dar início a uma
grande reintegração de posse territorial contra o exército nazista.
A tomada de decisão pelas datas do grande ataque duraram anos, sendo motivo de
muitos pleitos entre os Aliados. No começo, não houve consenso em relação à proposta da
União Soviética para a abertura de uma segunda frente de batalha na Europa Ocidental,
com a intenção de diminuir perdas russas nos enfrentamentos contra as Forças Armadas
Alemãs. (COLLINS, 2005)
Quando 1943 chegava ao fim, foi decidido pelo planejamento da Operação Overlord,
que ocorreria durante a próxima primavera européia, definido também que a invasão
aconteceria numa faixa de oitenta quilômetros de extensão, situados entre Cherbourg-Octeville
e a foz do Rio Sena, região da Baixa Normandia. Esta batalha seria,
posteriormente, considerada o maior combate aeronaval da História da Logística Militar.
Passados meses desde a decisão pela invasão, mais de três milhões de combatentes
britânicos, norte-americanos e canadenses se aglomeravam ao sul da Inglaterra para se
preparar para o ataque aos alemães na costa norte da França. Para a operação, foram
designados dez mil aviões, sete mil navios e centenas de tanques “anfíbios”, além de
outros veículos específicos para guerra.
A área de desembarque foi dividida em cinco praias, com codinomes e localizações
para desembarque definidos como:
As duas primeiras, Utah e Omaha eram de tropas americanas, Gold e Sword eram formadas por tropas britânicas e Juno, canadenses.
- Utah Beach, entre Pouppeville e La Madeleine;
- Omaha Beach, entre Saint-Honorine-des-Pertes e Vierville-sur-Mer;
- Gold Beach, em Arromanches-les-Bains;
- Juno Beach, de Courseulles-sur-Mer a Saint-Aubin-sur-Mer;
- Sword Beach, de Saint-Aubin-sur-Mer a Ouistreham;
As duas primeiras, Utah e Omaha eram de tropas americanas, Gold e Sword eram formadas por tropas britânicas e Juno, canadenses.
2.2. O dia do Desembarque
Foi anunciada pelo rádio a chegada do Dia D, o Dia da Decisão, em 6 de junho de
1944. Depois de ser adiado, por 24 horas, por problemas relacionados ao mau tempo no
Canal da Mancha, o desembarque, por pouco, não foi suspenso.
Ainda durante a madrugada, paraquedistas e caças aéreos já haviam dado início ao
bombardeio de barricadas alemãs e devastado as vias de comunicação. Com cerca de
6.500 navios militares, houve ataques em praticamente 100 quilômetros de costa litorânea
da Normandia, localizada a noroeste da França.
Com o primeiro dia de invasão chegando ao fim, observou-se que mais de 150 mil
soldados e vários tanques anfíbios alcançaram o continente europeu. Com a superioridade
aérea dos Aliados, foi factível o rompimento da “Muralha do Atlântico”, que era considerada
a grande barreira naval de Hitler, quando então foram constituídas as primeiras pontes de
ataque (KEEGAN, 1982).
2.3. A Reação Alemã
A Alemanha Nazista previa uma invasão, mas certamente não sabia onde ocorreria,
nem mesmo chegou a um consenso interno sobre a forma correta de confrontá-la. Em
decorrência do clima desfavorável do local, eles presumiram que o ataque seria adiado
para o verão europeu, porém, devido a táticas realizadas pelos Aliados, fez-se acreditar
que a invasão ocorreria na parte mais estreita do Canal da Mancha, onde, Hitler, contrariando avisos do marechal de campo Erwin Rommel, ordenou a concentração do
décimo quinto Exército.
Outras tropas do Eixo mantiveram-se no interior do país, ao invés de serem
relocadas para a costa, como havia solicitado, em vão, Erwin Rommel. Em razão desses
problemas estratégicos, os Aliados esquivaram-se de uma provável contraofensiva nazista
(HASTINGS, 1984).
Devido ao despreparo alemão para enfrentar a invasão, no fim do primeiro dia as
perdas humanas (cerca de doze mil) foram consideradas menores do que o esperado
pelos Aliados. Mesmo com a evidente inaptidão momentânea por parte dos alemães, a
evolução das tropas Aliadas sofreu grande relutância pelas tropas do Eixo. A resistência
nazista no interior da França, só foi rompida no dia primeiro de agosto, uma semana após
o previsto.
2.4. As Libertações
Liderado por Dwight Eisenhower (Comandante Supremo das Forças Aliadas), o Dia
D foi o ataque logístico tático que daria o golpe fatal nas forças nazistas instaladas em
grande parte do território europeu. "Esse desembarque faz parte de um plano coordenado
pelos aliados ocidêntais – em cooperação com o grande aliado russo – para libertar a
Europa. A hora da libertação chegou", previa Eisenhower, no dia 2 de junho de 1944.
No dia 25 de agosto, foi libertada Paris, já em 2 de setembro foi a vez de Bruxelas.
O limite de fronteira alemã, anterior ao começo da guerra, foi ultrapassado pelos Aliados em
Aachen no dia 12 de setembro, simultaneamente com os bombardeios aéreos em combate
a municípios industriais alemães.
Logo no início de 1945, norte americanos (pelo oeste) e soviéticos (pelo leste),
começaram uma corrida em direção à Berlim, para comemorar a conquista absoluta sobre
a Alemanha nazista.
3. LOGÍSTICA
3.1. Preparação
Sem dúvidas, houve imenso planejamento logístico para a realização da operação
de desembarque. Toneladas de suprimentos foram transportadas da Inglaterra para as
praias da Normandia, utilizando centenas de embarcações de tamanhos variados.
Considerando de caráter logístico todos os aspectos da operação, determinar o tamanho
da força tarefa, objetivos táticos e estratégicos, locais de desembarque, e as necessidades
de abastecimento de curto e longo prazo é necessário para melhor planejamento.
veja: Portos Mulberry
veja: Portos Mulberry
Para dar início a força tarefa, houve grande preocupação com a chegada de
suprimentos suficientes em terra, pois ali assegurados, conseguiriam estabelecer portos
para o desembarque de mais tropas e suprimentos.
Enfatizando a importância do desembarque e distribuição de suprimentos, somente
os americanos atribuíram à operação logística sete brigadas com um montante de vinte mil homens cada, estes desembarcados em diferentes fases da operação, sendo
responsáveis pelo transporte de 3.300 toneladas de suprimentos por dia, e designados a
desembarcar estes itens na praia, carrega-los para os caminhões ou tanques principais e
leva-los para a tropa na linha de frente.
O sucesso ou fracasso desta invasão dependia do
desempenho de suprir as tropas à frente, visando o acúmulo de suprimentos para executar
uma futura ofensiva (CAMPOS, 1952).
Os líderes tentaram reduzir a incerteza nos planos do processo logístico, explicando
detalhadamente o sistema de distribuição, contando com uma estratégia logística precisa e
meticulosa. Cada material recebeu sua própria prioridade e com elas o nível necessário de
reabastecimento, fazendo o processo de acumulação de reservas se tornar cada vez mais
complexo à medida que a força dos Aliados aumentava seu poder de realizar operações
de ofensivas (COLLINS, 2005).
3.2. Problemas Logísticos da Operação
No primeiro dia de invasão, 150.000 homens Aliados se chocaram contra as defesas
alemãs do Eixo, e mesmo com as dificuldades encontradas em Omaha no começo da
operação, ao anoitecer as tropas Aliadas ja se encontravam solidamente estabelecidas no
continente.
No terceiro dia de invasão (D+3), os Aliados começaram a sair das praias em
direção ao continente, onde se iniciaram as operações de desembarque em grande escala,
levando os Aliados a se depararem com uma grande gama de problemas logísticos.
Identificou-se a necessidade de uma quantidade maior de embarcações de menor porte
para transportar os suprimentos dos navíos até as praias, pois não tinham caminhões
anfíbios suficientes (tipo DUKW) e nem ferries (Rhino), contando que estes transportes já
estavam sobrecarregados e sendo usados com mais frequência do que o planejado,
mesmo assim não sendo suficiente para mover o montante demandado.
Dado este
obstáculo, o processo de desembarque de suprimentos se tornou um caos.
À medida que o fluxo de desembarque começou a atrasar, embarcações que
precisavam partir tinham que esperar, porém outros carregamentos de tropas e
abastecimentos chegavam de acordo com o cronograma inicial, tendo que esperar,
atrasando o seu retorno à Inglaterra para ser recarregado, resultando em um enorme
“congestionamento” e aumento no tempo de descarga de suprimentos.
O caos se manifestou em todo o sistema logístico, impactando nos portos de
embarque da Inglaterra, onde a equipe da intendência iniciou o carregamento das
embarcações com todos os tipos de insumos misturados, sem ter o cuidado de separar
apropriadamente os carregamentos delegados a cada embarcação. (CAMPOS, 1965)
Para exemplificar a desordem daqueles primeiros dias de invasão, temos a busca
desesperada dos americanos pelos projéteis de 81 milímetros para suas armas. Os
registros indicavam que grande quantidade desta munição se encontrava nas
embarcações que já estavam na costa, porém estas não eram localizadas.
Depois de alguns dias de tormento e graças a enormes esforços de todos
envolvidos, a situação começou a se normalizar e em seguida melhorou substancialmente. Para o décimo oitavo dia (D+18), as acumulações de tropas e suprimentos finalmente
ultrapassaram o montante previsto em tonelagem. Até o final de junho, mais de 42 mil
soldados, 70 mil veículos e 289 mil toneladas de carga foram recebidos (respectivamente
71,8%, 64,5% e 80,5% do desembarque planejado).
3.3. A Importância da Operação Overlord para Logística
A Operação Overlord foi um acontecimento muito importante da Segunda Guerra
Mundial na região da Europa Ocidental. Simplesmente pelo fato de ter desembarcado na
França, os Aliados ocidentais abriram uma segunda frente de guerra, com fortes
implicações para a Alemanha. A operação logística foi monumental, uma tarefa sem
precedentes na História.
Mesmo com erros em sua concepção e execução, a operação obteve êxito, apesar
das dificuldades. Detalhes específicos e falta de flexibilidade foram as causas da
destruição alemã. Em 27 de julho, no quinquagésimo primeiro dia (D+51), as tropas norte
americanas perfuraram o exercito alemão em St. Lo, região da Baixa Normandia, e de lá
começaram a perseguição de seus inimigos que não se conteria até alcançar a fronteira da
Alemanha.
3.4. Rápido Avanço dos Aliados
O avanço até a Alemanha foi extremamente interessante e a rapidez do avanço dos
próximos dez meses teria como consequência uma enorme pressão sobre o sistema
logístico dos Aliados, que, por sua vez, teve que fornecer suprimentos para mais de um
milhão de soldados e milhares de veículos de todos os tipos ao longo de centenas de
quilômetros, esta, outra tarefa sem precedentes. (MASSON, 2003)
No centésimo dia (D+100), 14 de setembro de 1944, o primeiro Exército Aliado
estava chegando à fronteira alemã, perto da cidade de Aachen, uma área que só
esperava-se alcançar no dia D+330.
Esta rapidez se chocou com outro problema
inesperado, a falta de transporte dos suprimentos que já estavam acumulados nas praias
da Normandia para as tropas avançadas. No final de agosto, 90% do fornecimento dos
Aliados ainda se encontrava em armazéns na Normandia, a uma distância de 500
quilômetros das tropas de frente.
O planejamento logístico do avanço dos Aliados na Europa Ocidental baseou-se na
forma de resolver problemas no carregamento de suprimentos às tropas, utilizando vários
modais, como o rodoviário, com caminhões, o aeroviário, com aviões e o dutoviário, com
os dutos de combustível.
Nos meses críticos, de agosto e setembro, os caminhões foram utilizados para
transportar a maior parte dos itens demandados das praias da Normandia até a linha de
frente da batalha, porque a infraestrutura de transporte de alto volume, como trens e dutos
não se encontravam prontos para o funcionamento. As linhas férreas no oeste de Paris
tinham sido bastante danificadas devido a bombardeios anteriores a invasão, e
demorariam meses para serem reconstruídas enquanto os dutos de combustível levariam
algum tempo para serem instalados (CAMPOS, 1965).
3.5. Rumo ao Interior do Continente
Anteriormente, no período em que os Aliados permaneciam nas redondezas das
praias, as distâncias eram curtas, tornando a distribuição de suprimentos simples. Porém,
a partir do momento que quebraram as barreiras alemãs na Normandia, a distância não
parava de crescer. E à medida que as tropas se afastavam das bases de abastecimento, o
nível de reabastecimento diminuía.
Em 21 de agosto, o transporte de suprimentos foi
organizado e denominado “Red Ball Express”. (BEEVOR, 2009)
O uso de caminhões para suprir a demanda de suprimentos, se converteu em um
problema logístico de grande magnitude. O efeito do rápido avanço Aliado na batalha foi
extremo. Conforme a distância aumentava, os caminhões necessitavam de um maior
tempo para completar a viagem de volta aos depósitos, demorando mais para chegar,
novamente, à linha de frente. Cada quilômetro avançado pelas tropas evidenciava a
diminuição da quantidade de caminhões a disposição. De fato esses veículos conseguiam
transportar apenas o mínimo demandado pelo exército, excluindo a possibilidade de
acúmulo de reservas, e eventualmente, deixando de arcar com as necessidades
posteriores.
No dia 9 de setembro, o combustível recebido pelas tropas de frente, era menor do
que o consumo diário, fazendo com que o avanço de muitas unidades parasse
abruptamente, além de que o consumo de combustível era apenas um dos problemas.
Em
meados de setembro, a artilharia precisaram racionar a quantidade de projéteis de todos
os calibres que podiam disparar, para apoiar as unidades nas tropas avançadas. No final
de setembro, a situação ficou ainda mais crítica, obrigando os Aliados a parar os avanços
para conseguir tempo suficiente para coletar e acumular suprimentos e reiniciar o avanço
em direção à Alemanha na primavera de 1945. (CAMPOS, 1965)
O aparato de intendência logística Aliado teve grandes dificuldades para
reabastecer combustível e munição, embora houvesse graves problemas em algumas
áreas, tais como a manobra de distribuição de roupas de inverno (sendo, em alguns casos,
tarde demais), processos como distribuição de alimento, água e vestimentas eram, ao
contrario do esperado, de fácil execução.
A crise do reabastecimento das tropas, só foi solucionada quando o sistema de
ferrovias conseguiu dar início ao carregamento de parte substancial dos suprimentos, no
final de novembro. Um trem poderia facilmente transportar 1.000 toneladas de
suprimentos, o equivalente a 400 caminhões com 2,5 toneladas cada, o maior caminhão
disponível dos Aliados.
3.6. O Triunfo dos Aliados
A clara habilidade e dedicação dos envolvidos, cujo afinco, tanto das tropas de
batalha, como das tropas de serviço, forneceram contribuição fundamental para o triunfo
dos Aliados. No dia 6 de junho de 1944, as manobras logísticas realizadas foram as mais
eficazes até então conhecidas, contando com o apoio dos aparatos de guerra mais
poderosos da época.
[...] Nunca anteriormente, os exércitos haviam avançado com
tamanho apoio logístico e com tanta velocidade, tanto por terra como
pelo ar, como também jamais a potência de choque de forças
combatentes havia sido tão oportunamente suprida pelas tropas de
Serviços. Dwight Eisenhower (CAMPOS, 1965 – p.195).
Tropas dos serviços de abastecimento cumpriram, com astúcia e aptidão, as
inúmeras missões a eles delegadas, trabalhos pesados, muitas vezes triviais e
ocasionalmente miseráveis. Os esforços realizados pelos órgãos e tropas de suprimentos,
mostraram-se tão importantes e fundamentais para o sucesso quanto ao das forças
combatentes, igualando sua contribuição na conquista da vitória.
CONCLUSÃO
Um sistema logístico é essencial para garantir a eficiência de um evento como o
abordado neste artigo, para suprir as necessidades de abastecimento das tropas e o
transporte de equipamentos em geral, podendo determinar o triunfo ou a derrota de ambas
as partes.
Foram milhares de homens exercendo tarefas em todas as funções, enfrentando
nobremente, tanto atribulações de batalha, quanto a exaustão.
Durante toda a invasão,
foram necessárias operações de abastecimento, e se não fosse por elas, o triunfo dos
Aliados sobre o Eixo talvez não se consolidasse.
Demonstrando as razões estratégicas do êxito, estavam os muitos elementos
atuando em harmonia entre si no decorrer da empreitada dos Aliados.
Evidenciou-se a
habilidade, abrangendo todos os serviços, para se colocarem acima das condições
desfavoráveis. Ao apontar as razões do triunfo, temos que considerar, não somente as
proezas durante a batalha, mas também a cautela e o planejamento antecipado ao dia D,
que levou anos para ser elaborado.
O sucesso foi consequência do preparo meticuloso da logística dos Aliados, o apuro
do reabastecimento das tropas na linha de frente e dos aparatos anfíbios, além da
eminente organização que outorgava as extraordinárias façanhas do Serviço de
Suprimento e Manutenção. O desempenho estratégico logístico, em conjunto com os
problemas administrativos internos do Eixo, culminou na vitória dos Aliados, mais do que
qualquer supremacia material ou quantitativa, desempenho, hoje, devidamente
reconhecido em 6 de junho, intitulado Dia Internacional da Logística.