A não
linearidade dos combates modernos veio a enaltecer o papel da aviação orgânica
das forças terrestres, que desempenham um papel de grande importância na
atualidade, seja como burros de carga, plataformas de fogo, olhos de tudo veem
ou táxis de campo de batalha. Seja apoiando operações com linhas de contato
definidas ou totalmente dispersas, a flexibilidade proporcionada pela aviação
do exército constitui fator imprescindível aos comandantes modernos.
A aviação
orgânica dos exércitos permite as estes a ampliação da área de interesse para a
manobra terrestre, sem depender da disponibilidade dos meios da força aérea,
nem sempre presentes. Possuir meios aéreos próprios permite aos exércitos
flexibilidade e prontidão em suas respostas a demanda dos combates modernos.
Os meios
aéreos de um exército constituem-se em fator multiplicador do poder de combate,
podendo atuar em profundidade dentro de área de operações, possibilitando um
grande número de opções táticas aos comandantes militares, desembarcando tropas
e as recolhendo em pontos capitais afastados, efetuando bloqueios e combatendo
em pontos chave inacessíveis a forças que se deslocam por terra, antecipando
sua ocupação ao inimigo. Áreas com características restritivas de mobilidade
como selvas tropicais, áreas montanhosas ou regiões com grande extensões
alagadiças demandam o apoio de meios aéreos para o rápido deslocamento de
tropas e outros meios e recursos. A infiltração e exfiltração de forças especiais e pequenos contingente cumprindo missões especiais de grande importância são missões especialmente adequadas a aviação do exército.
Outra
possibilidade tática dos meios aéreos de grande valor para a força terrestre é
a capacidade de observação a partir do alto, dispensando a necessidade de posse
de elevações que podem estar em poder do inimigo, permitindo a avaliação da
situação tática em tempo real, e a constate vigilância dos meios aéreos os
torna aptos a prover alerta antecipado ao esforço principal do inimigo, com grande
antecedência. Comandar do alto é de grande valia para qualquer comandante
militar e a capacidade se estabelecer postos de comando aeromóveis traz grandes
facilidades a esta função, fazendo com que os comandantes possam deslocar-se
enquanto dirigem uma manobra, simplificando as ligações de combate e inteligência
eletrônica.
De posse
de uma mobilidade sem igual, as forças aéreas de um exército podem de uma forma
rápida redirecionar a pressão sobre o inimigo a partir de uma nova
possibilidade tática decorrente da evolução do combate, aproveitando os erros
do inimigo ou corrigindo os reveses da própria força, flexibilizando a manobra.
Atuando como artilharia aérea pode
prover apoio de fogo a tropas em dificuldades ou que solicitem seu apoio a fim
de facilitar o cumprimento de sua missão, bem como engajar forças inimigas a partir do alto, como colunas blindadas ou não em avanço.
Outra
função muito útil é a capacidade de reorganizar rapidamente os meios de apoio ao
combate, como morteiros e artilharia, radares de vigilância e equipamentos
leves de engenharia. Auxiliar na transposição de grandes cursos d`água, transpondo
tropas para a outra margem para assegurar a cabeça de ponte necessária a esta
operação, que de outra forma teria que ser feita pelo vulnerável método de
transposição com barcos. Além destas tarefas pode ainda atuar na suplementação
do apoio logístico a forças mais afastadas e de paraquedistas por exemplo, que
podem estar isoladas em território inimigo, e ainda reforçando eixos de
suprimento interrompidos pelo inimigo até que possam atuar por conta própria.
Pode ainda prover ressuprimento imediato a tropas sob pressão e que necessitem de
munição urgente.
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