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O reconhecimento e a vigilância constituem-se nas mais
importantes tarefas executadas por forças em combate e estão intimamente
relacionados à segurança destas, condição fundamental a sua integridade e
consequente eficiência em combate. A vigilância é a prática que permite ao
comandante manter-se atualizado do que acontece ao seu redor, e o
reconhecimento a ação que visa aprimorar o nível de conhecimento sobre
determinada situação. Complementam-se mutuamente e não podem ser separados.
Operadores em combate executam operações de
reconhecimento constantemente, seja qual for a missão que devem cumprir, pois
deste reconhecimento virão as decisões mais realistas à situação. A vigilância
garante aos comandantes que não serão surpreendidos pelo inimigo, sendo o
reconhecimento, mesmo que com outras finalidades, uma forma de vigilância.
Sabendo que ameaças estão ou podem se fazer presentes, as unidades em combate
podem tomar as medidas necessárias a garantir sua segurança, planejando a segurança de sua posição como defesa imediata e/ou lançando operações ofensivas
contra unidades inimigas que representem grande ameaça, como por exemplo
baterias MLRS.
Numa situação hipotética um comandante de infantaria
envia uma patrulha para reconhecer um possível alvo, sobre o qual pretende
lançar uma operação de conquista (um ataque). Esta patrulha de reconhecimento
deverá avaliar o dispositivo inimigo, seus números e equipamento, porém
evitando ao máximo envolver-se com este (engajar-se em combate). Ao realizar
sua missão, detecta que o inimigo está na iminência de atacá-los (a unidade que
enviou a patrulha), posicionando-se no terreno de forma habilmente furtiva, de
uma maneira que as sentinelas não poderiam detectar. Ao perceber a armadilha
que se forma, os batedores alertam seu comandante que toma as providências
adequadas e evita a surpresa de ações inimigas às suas tropas. Este pequeno
exemplo ilustra como uma operação de reconhecimento de cunho ofensivo,
contribuiu para o dispositivo de vigilância desta unidade que tinha como missão
garantir a segurança dos infantes.
Ao empreender operação que vise exclusivamente a
segurança de uma área (uma operação de vigilância), uma unidade em combate pode
atuar de forma ofensiva, agindo preventivamente contra ameaças potenciais e
recolhendo informes que poderão subsidiar planos do escalão superior,
executando operações de reconhecimento involuntárias que podem ser de grande
valia.
O reconhecimento é uma ação conduzida de modo a colher
subsídios de inteligência sobre o inimigo e a área de operações, podendo ser
realizado por todos os meios, terrestres, aéreos e navais. É orientado para
colher informes sobre as tropas e unidades inimigas, os acidentes capitais do
terreno e suas características, os pontos sensíveis, localidades, rotas, áreas
específicas ou zonas de atuação. Buscam sempre os informes necessários a missão
a qual devem subsidiar, porém repassam ao seu comando qualquer informação que
for considerada relevante, o que deve ser feito em tempo real e na forma de
fatos, isentando-se de opniões subjetivas.
A tropa em reconhecimento deve evitar engajar-se em
combate, salvo se este engajamento for necessário ao cumprimento da missão ou a
autodefesa. Esta tropa deve manter o contato uma vez adquirido, que deve ser o
quanto antes, só o abandonando por ordem superior, nem que seja pela simples
observação. Qualquer obstáculo encontrado deve ser esclarecido de pronto, com
seus limites estabelecidos e características tabuladas, cabendo ao comandante
do reconhecimento decidir quanto ao engajamento, de acordo com suas diretrizes
e de seus superiores, e do tempo disponível. As unidades mais vocacionadas à
esta missão na força terrestre são as de cavalaria ligeira, porém quase todas
as unidades em combate tem condição de realizá-la. Submarinos são muito usados para reconhecimento marítimo, assim como aeronaves em todos os teatros.
A vigilância é a contínua e sistemática observação do
espaço de batalha, com foco nos pontos de maior ameaça como estradas, pontes,
áreas de lançamento e aterragem, terreno restrito e outras áreas críticas. É o
principal meio para detecção de atividade inimiga, e diretamente influenciada
pelas condições de visibilidade, pelas características do terreno, pela defesa
antiaérea e possibilidades do equipamento de vigilância. É rotina de todas as
unidades em todos os tipos de operação, e tem como grande potencializador
equipamentos de alta tecnologia como NVGs, Câmeras de TV e IR, radares SAR e
equipamento ESM, aeronaves RPV, radares de vigilância aérea, entre outros.
Visa proteger as unidades contra a operações de
inquietação, a surpresa e a observação por parte do inimigo, preservando o sigilo das operações,
condição para a manutenção da iniciativa a liberdade de ação. Cabe aos
operadores dos dispositivos de vigilância o alerta antecipado e preciso sobre a
atividade inimiga, de forma que o comandante possa reagir pró-ativamente em
favor da superioridade tático-estratégica-operacional, dependendo do seu
escalão. As sentinelas deverão estar postadas distantes da tropa a qual
protegem, de forma a permitirem a esta espaço para manobrar depois do alerta
dado, adotando a solução tática mais adequada. Elas mantêm-se em contínuo
reconhecimento de sua área de responsabilidade, de forma agressiva e com
constante fluxo de informes, mantendo o contato continuamente, só o rompendo
por ordem superior. Sentinelas próximas proporcionam uma segurança mais pontual e reagem ao contato.
Toda unidade é responsável por sua segurança, mesmo que
outras a estejam protegendo. Não se justifica a adoção de medidas extremas de
segurança, no entanto, que causem impacto negativo no cumprimento de suas
missões. Forças de segurança devem ser suficientemente fortes para engajar-se
com o inimigo pelo tempo suficiente para que as tropas protegidas possam
assumir condição adequada, mantendo o engajamento apenas pelo tempo necessário
à missão.
Estas forças podem agir em cobertura, engajando o inimigo
pelo tempo necessário; em proteção, atuando fragmentariamente sobre ações de
flanco e de contra-observação; e em vigilância, onde limita-se a ações de
observação e alerta antecipado.
Estar alerta é vital e preserva o poder de combate, razão de ser das forças em campanha.
O papel do reconhecimento em caso de uma invasão inimiga ao país através do mar?
ResponderExcluirInformar oportunamente a instância superior da suposta invasão, para a tomada de decisões.
ExcluirCabe as forças armadas a vigilância das fronteiras. Imagine você uma situação que uma força armada, sem prévio aviso se aproxime do país seja por terra ou mar de forma ameaçadora. As sentinelas em serviço (entre elas a aviação de patrulha) alertaria os comandos das forças armadas sobre tais ameaças. Outra situação: o posicionamento, por exemplo, do exército argentino em números ameaçadores junto a fronteira, de forma nunca feita, as unidades do exército que fazer este patrulhamento, ou da FAB, dariam igualmente o alerta. geralmente um conflito ocorre por uma escalada de tensões, mas nada impede que ele aconteça de aviso prévio. Mesmo em um conflito anunciado, a aviação de patrulha teria como papel monitorar onde as forças navais inimigas estão, e para onde estão indo, bem como avaliar sua composição.
ExcluirEste é um papel primordial da aviação de patrulha.
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